O que será que pretende o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab? O atual modelo de gestão política/econômica da prefeitura, do estado e do país certamente não estão funcionando adequadamente. Possibilidades e perspectivas não são oferecidas a uma boa parcela da sociedade que de alguma forma precisa manter o sustento da família.
Alternativas de trabalho legal? Também não há muita oferta. De alguma forma as pessoas precisam manter suas famílias, se alimentar e vestir. O comércio paralelo é uma necessidade e uma forma de incluir cidadãos de bem no capitalismo. Com esse pensamento, podemos chegar à conclusão de que há um fluxo e movimento de dinheiro, mesmo sem a retenção de impostos.
Aliás, o que será que o governo faz com tanto dinheiro retido dos trabalhadores. A questão é que com a retirada dos camelôs das ruas a economia pode sim ser abalada. Primeiro porque milhares de comerciantes ambulantes deixarão de consumir por ter a renda familiar abalada, segundo, porque não é qualquer pessoa da classe C que tem possibilidade de consumir produtos agregados a impostos abusivos.
Vamos usar como exemplo os comerciantes que vendem lanches na frente da Unisant'Anna, Zona Norte de São Paulo. Há em média 20 comerciantes que servem seus produtos aos alunos da faculdade por um valor mais acessível do que na lanchonete legalizada que fica dentro da instituição. Assim, ganham os alunos que economizam pagando menos por suas refeições e os comerciantes que conseguem manter sua renda mensal.
O ruim é que esse ciclo está sendo interrompido pelas ações da prefeitura que nessa última semana, não deu sossego para os comerciantes, expulsando-os da rua e apreendendo suas mercadorias.